Faz bem para as nossas crianças!

Postado em 2014-02-18

O caminho da sexualidade infantil

A maioria dos adultos patina diante das perguntas e cenas inesperadas produzidas pela curiosidade infantil sobre o sexo. Sexualidade e infância não se misturam, certo? Errado. Desde que o mundo é mundo, as crianças se aventuram no descobrimento e na exploração do próprio corpo, uma sensação prazerosa, que se acentua à medida que crescem e passam a observar o corpo dos pais e de outras crianças. Quase cem anos depois de Freud descrever pela primeira vez o desenvolvimento da sexualidade infantil, este comportamento continua produzindo uma legião de pais desnorteados diante de perguntas inesperadas. Confira a seguir algumas dicas que podem ajudar sobre a melhor reação diante das questões:

  • Pais e professores devem encarar com naturalidade, lembrando que a sexualidade infantil não tem haver com o sexo (compatível com a imagem dos adultos). No caso da masturbação por exemplo, se acontecer em público, devem explicar que aquilo pode dar prazer, mas que é um ato íntimo e que deve ser feito em um lugar reservado. Se for compulsiva e obsessiva, pode indicar uma frustração ou carência emocional, devendo os pais procurar ajuda de um especialista. Deve-se observar que nem toda manipulação dos genitais é sinônimo de masturbação. Pode se tratar de uma irritação, alergia, etc.

  • Nunca reagir com repressão, dizendo que é sujo, ou feio querer tocar ou ver o corpo do colega. A conversa deve ser pautada no respeito, explicando que a criança não deve fazer nada que não queira e nem permitir que outro o faça. Se ela se sentir desconfortável com alguma brincadeira, deve procurar alguém de confiança e contar.

  • Pais e mães devem responder às perguntas de seus filhos sobre sexo. È importante que tenham um discurso coerente e para isso é preciso que conversem antes entre si. Evitem respostas do tipo “isso é com o seu pai” ou “ sua mãe é que entende dessas coisas de mulher”.

  • É muito importante que criem o hábito desde pequenos, de se respeitarem a privacidade de todos na família. Beijos na boca, ficar nu diante das crianças, e toque nos órgãos genitais, podem acontecer enquanto não houver constrangimento. Se houver constrangimento para qualquer uma das partes, digam a verdade (que não querem): é melhor do que permitir contra a vontade, pois as crianças percebem.